Para 67% dos eleitores, Bolsonaro deveria desistir de candidatura
Pesquisa Datafolha aponta que 67% dos eleitores defendem que Bolsonaro desista da candidatura em 2026, por estar inelegível. Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas surgem como nomes preferidos para substituí-lo. Foto: FáTIMA MEIRA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Para 67% dos eleitores, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria desistir de se candidatar à Presidência em 2026 e apoiar um outro nome da direita, segundo mostra a pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 5. Bolsonaro está inelegível até 2030, por uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda assim, porém, ele continua se colocando como um possível nome para o próximo pleito.
Apenas 28% do eleitorado acredita que Bolsonaro deve manter sua candidatura. A pesquisa Datafolha foi feita entre os dias 1º e 3 de abril, com 3.054 pessoas com 16 anos ou mais em 172 municípios. Segundo o instituto, a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os nomes da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são os preferidos para substituir o ex-presidente na próxima eleição. Para 23% dos entrevistados, Bolsonaro deveria apoiar Michelle; e 21% disseram que o apoio deveria ser a Tarcísio. Dentro da margem de erro, o ínice está tecnicamente empatado entre os dois.
Outros 14% afirmaram que Bolsonaro deveria apoiar seu filho, Eduardo (PL-SP), que abriu mão de seu mandato como deputado federal para entrar em uma espécie de autoexílio nos Estados Unidos.
Caso pudesse disputar a eleição, o Datafolha mostrou, porém, que Bolsonaro perderia para o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assim como outros nomes da direita.
O ex-presidente se tornou inelegível em junho de 2023, após o TSE entender que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação devido à sua participação em uma reunião com embaixadores estrangeiros, na qual fez alegações infundadas contra o sistema eleitoral.
Com o entendimento da Corte, o ex-presidente não poderá participar das três próximas eleições: em 2024, em 2026 e em 2028.