11/04/2025 10:05h - Brasil - Esporte

Inflação desacelera após mês recorde, mas preços sobem 0,56% em março

Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país - Foto: Vinícius Schmidt

Os preços de bens e serviços do país subiram 0,56% em março, o que representa uma desaceleração em relação ao mês anterior. O índice representa queda de 0,75 ponto percentual da inflação em comparação a fevereiro (1,31%). O Brasil tem inflação acumulada de 5,48% — acima do teto da meta para este ano, que é de 4,50% (entenda o sistema de metas abaixo). Os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação oficial do país —, divulgado nesta sexta-feira (11/4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O que é IPCA Refletindo o custo de vida e o poder de compra do cidadão brasileiro, o IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE. O IPCA é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic. Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado. O IPCA tem por meta pesquisar dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país. O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros. Novo sistema de metas: meta contínua A partir deste ano, a meta de inflação do Brasil é contínua. Ou seja, o índice é apurado mês a mês. Se o IPCA acumulado em 12 meses ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida. Em 2025, a meta inflacionária é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual - isto significa piso de 1,5% e teto de 4,5%. Ela será considerada cumprida se oscilar dentro desse intervalo de tolerância. O objetivo é estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), formado por: Ministério da Fazenda; Ministério do Planejamento; e Banco Central (BC). Se a meta for descumprida, o BC precisa divulgar carta aberta ao ministro da Fazenda — neste caso, Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. A autoridade monetária contém o avanço dos preços por meio da taxa Selic, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias. A próxima reunião do Copom será nos dias 6 e 7 de maio. A projeção de inflação para 2026 continua em 4,50%. Enquanto a estimativa de inflação para 2027 segue a mesma da semana passada: 4%. A previsão de inflação para 2028 está em 3,78%. Além do mercado, o próprio BC — que tem o papel de controlar o avanço da inflação por meio da taxa de juros (a Selic) — informou que há 70% de probabilidade de a meta inflacionária ser descumprida neste ano. No Relatório de Política Monetária (RPM), divulgado no fim de março, o órgão avaliou que a chance de a inflação estourar o teto da meta subiu de 50% (em dezembro) para 70%.

Fonte: Metrópoles

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